segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Na noite do dia 31, vou olhar para o céu e lembrar de tudo que vivi nesse ano: as mágoas, os sorrisos, as lágrimas, as histórias, os amigos que fiz e os que perdi, os momentos bons e os ruins. E não vou me arrepender de nada. Pois foram todos esses momentos, que fizeram com que esse ano valesse a pena.
— Caio Fernando Abreu. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Relacionamentos acontecem. Você não precisa forçá-los. Tampouco apressá-los. Pessoas ficam juntas porque querem, no momento em que decidem juntas. Querer já é muito e ajuda a eliminar algumas dúvidas. As dúvidas existem porque pensamos nelas. E tudo está sujeito ao engano. É incontrolável. Como evitar cair em relações de dependência? Seja responsável por você: pensamentos, sentimentos e atos. Parece banal, mas não é. Não tente impor ao outro sua responsabilidade com relação a você mesmo. Ele gosta de você, mas não é tão responsável por você assim. Você responde por você, ele responde por ele. Amor não se cobra. Atenção também não. Carinho muito menos. Tenha isso em mente. Não tenha a obrigação de corresponder às expectativas do outro em todos os momentos. Ele as criou. Não o obrigue a corresponder às suas expectativas em todos os momentos. Você as criou. A moeda da culpa é muito alta. Não se culpem à toa. Não usem chantagens baratas, usem as mais elaboradas, em momentos oportunos. Não somos animais de estimação: não tentem se domesticar. Não somos animais selvagens: não tentem se enjaular. Não estejam nem queiram estar presentes na vida um do outro o tempo todo. Ninguém nasce com duas sombras. E quando estiverem longe, não se liguem toda hora. Todo mundo pode esperar. Na vida é bom saber detectar o que é urgência de fato. O resto é controle. Não ligue antes de dormir para saber onde ele está com a desculpa “só liguei pra dar boa noite”. Você não é mãe dele e vocês não têm 12 anos. Só liguem quando quiser, ou precisar, e não porque ele quer que ligue. Não deixem que os monstros da comunicação instantânea assombrem. Um SMS não respondido imediatamente, uma ligação sem retorno, ficar um dia sem se falar: não foi nada! Vocês não precisam checar o celular um do outro, fuçar as redes sociais, ter acesso aos e-mails pessoais. Quem inventou essa loucura? Não se controlem a ponto de ficarem com preguiça de se ver. Não aceite ser a polícia, o juiz ou o algoz de que você gosta. Sejam, menos ainda, vítimas um do outro. Não façam planos vitalícios com ninguém. E não se culpem por isso. Conversem sobre tudo, mas não discutam todos os lados da relação sempre. Incentivem-se, mas não virem o senso de direção um do outro. Não faça surpresas demais, não agrade demais. Ele não é seu filho único. Repito, que se vocês estão juntos é porque querem estar. Isso já é tão belo. Tenha assuntos e amigos pessoais, ele não deve ser seu único assunto e interlocutor. É sempre bom ter o que fazer na vida. Trabalho e lazer. É recomendável ter muitas coisas para pensar, como ideias e viagens. Hoje você vai sair sem ele e tudo bem. Amanhã ele vai viajar sem você e tudo bem. Hoje você vai encher a cara com seus amigos. É sempre bom. Depois de amanhã vocês podem ir ao cinema juntos! Então saibam se divertir juntos. E saibam se divertir um sem o outro. Não se violentem. A tortura é uma técnica menor. Pode dormir na casa dela, mas lembrem-se: você não mora lá. Pegação não é flerte. Flerte não é paixão. Paixão não significa romance. Romance não é namoro. Namoro não é casamento. Casamento não é virar uma pessoa só. Duas bocas, oito membros, duas cabeças, dois corações, dois organismos que só se comunicam com o mundo usando verbos na primeira pessoa do plural. Isso é mutação. Briguem por motivos reais. Tenham ciúme por motivos reais. 90% dos casos os motivos não são reais. Você tem passado. Ele tem passado. Ciúme do passado é motivo irreal. Você tem seus segredos. Ele tem os segredos dele. Respeitem-se. Aprendam a ensinar que respeito não envolve hostilidade. Tudo isso não quer dizer que ele tem outra pessoa, que você se apaixonou por outra pessoa ou que vocês se gostam pouco. Tudo isso vai fazer vocês gostarem mais um do outro. Antes de você existir na vida dele ele já existia. Existir não é tarefa fácil. Tem que deixar a existência arejada, sempre, pra poder existir ao lado de alguém. Mais disposto e com mais vontade. Que bom que você chegou na vida dele. Mas ele não nasceu de novo. Tudo vai se adaptar ao novo cenário. Tenham paciência. É exercício. Tentem cortar as ilusões de domínio: não funcionam com territórios, não funciona com conhecimento, nunca vai funcionar com pessoas. Isso adia os finais trágicos das relações possessivas. E torna as relações mais inspiradoras. Essas duram mais. No pós-romance as pessoas não precisam explicar tanto. Elas estão juntas porque querem. Isso basta. Fim.
— Pedro Bial.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013


Complicada pra cacete, melosa na mesma intensidade. Feliz de sair cantando por ai, e depressiva á ponto de ficar o dia todo em baixo das cobertas. Cheia de manias, bem estranhas por sinal. Eu sou sim uma pessoa difícil de se conviver, que vai embora e aparece do nada. Que encurta uma conversa besta mas estende um bom drama/orgulho. Que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana inteira pelo simples fato de ser maldosa. Que acha todo mundo meio falso, meio bobo, meio feio, meio igual a todo mundo. Que tem vontade de crescer, aprender novas línguas, novas culturas. Que quer se desapegar do velho e abrir portas para algo novo. Quero aprender a não acumular rancores, abandonar algumas saudades. Quero me mover mais e mudar o que está ao meu alcance, esquecer o que precisa ser esquecido. Quero aprender a fazer lasanha, e parar de ter medo de trovão. Eu sou sim, a pessoa mais complicada do mundo. Cheia de incertezas, inseguranças, e medos. Entre "sim" e o "não", muitas vezes eu sou o "ou". Em mim moram passados, presentes e futuros, que nunca sabem a sua hora certa.

domingo, 16 de junho de 2013

Já perdoei erros quase imperdoáveis. Tentei substituir pessoas insubstituíveis, e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me desiludi com pessoas que nunca imaginei que me desiludiriam. Mas também, desiludi alguém. Já abracei pra proteger, já ri quando não devia. Fiz amigos eternos; e amigos que nunca mais vi. Amei e fui amado. Mas também fui rejeitado. Fui amado e não amei. Já gritei e saltei de tanta felicidade. Já vivi de amor e fiz promessas eternas. Mas também me magoei muitas vezes! Já telefonei só para ouvir uma voz, e apaixonei-me por um sorriso. Já pensei que fosse morrer de tanta saudade. Tive medo de perder alguém especial, e acabei perdendo. Mas vivi, e ainda vivo! Não passo pela vida. E também tu não deverias passar! Bom mesmo, é lutar com determinação, abraçar a vida com paixão. Perder com classe, e vencer com ousadia. Porque o mundo pertence a quem se atreve, e a vida é muito para ser insignificante.
— Charlie Chaplin. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

“Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventudade, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor.”

 —  Clarissa Corrêa. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Talvez, mas só talvez, eu ainda acredite nas histórias que mamãe contava sobre aqueles maravilhosos contos de fadas que sempre acabavam em casamento, naqueles em que as princesas, nem sempre são aquelas que nasceram em berços de ouro. Talvez, lá no fundo eu ainda seja aquela menininha que sai pela casa com um lençol branco na cabeça, e que obrigava a irmã mais nova a tocar a marcha nupcial. Quem sabe eu ainda sonhe em ter gêmeos, e ir morar em Londres, ou quem sabe eu ainda pense em ser aeromoça. Talvez, mais só talvez. 

domingo, 14 de outubro de 2012

"É como gritar por ajuda, e ninguém entender, como outro idioma. Você implora uma mão amiga, e ninguém aparece, mas não por não te amarem, mas por serem tantos problemas, tantas complicações, que falta coragem para falar de tudo. Falta um empurrãozinho, que lá no fundo, cê implora pra que alguém o faça. É difícil,  muito por sinal. Difícil sorrir o dia inteiro, para chegar no fim do dia desabar e se encontrar em um rio de lágrimas. E por mais incrível que pareça, elas aliviam, por cinco minutos. Nada é capaz de cicatrizar isso aqui dentro, confusão de sentimentos, que nem eu mesma sou capaz de organiza-los. E eu tento, de todas as formas, aliviar esse dragão dentro do meu peito, mas não tenho mais forças para lutar contra ele, cansei."